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Guilherme Bessa Filho, Heitor Sennes Pinto, Henrique Schaladowsky

Heitor Sennes Pinto Heitor é outro ex-combaténte oriundo das Colônias estabelecidas no Rio Grande do Sul pelo Barão Hirsch. Como 3° Sargento embarcou com o Centro de Recompletamento de Pessoal da FEB aos 08 fev 1945, retornando em 17 set 1945 com o DP – Depósito de Pessoal. Foi transferido para a Reserva de 1ª Classe aos 03 ago 1966. Sua mãe, Dona Maria Zilberstein, já falecida, era conhecida na Colônia de Quatro Irmãos como uma pessoa de grande coração. Adotou diversas crianças pobres, a quem transmitiu seu nome. Henrique Schaladowsky Henrique nasceu aos 26 abr 1919 no Rio de Janeiro, filho de Samuel e Ana. Na juventude freqüentou o Cabiras e o Clube Azul e Branco. Embarcou para a Itália como 2° Sargento do 9° Batalhão de Engenharia aos 22 set 1944, retornando com a mesma unidade aos 13/08/1945. Sua unidade desempenhou relevante papel, como primeira tropa de Engenharia a atravessar o Oceano Atlântico para combatér em outro continente, tendo Henrique pertencido a Companhia de Comando e Serviços, o primeiro elemento do 9° BE e da FEB à entrar em ação aos 06 set 1944 no Teatro de Operações da Itália. O 9º Batalhão de Engenharia de Combaté foi criado pelo decreto nº 4.799, de 06 de outubro de 1942, e organizado no quartel do 1º Batalhão de Engenharia (atual BEsEng) na cidade do Rio de Janeiro, com efetivos locais, e do 2º Batalhão de Engenharia, da cidade mineira de Itajubá. Deslocou-se para Aquidauana, no então Estado de Mato Grosso, no dia 1º de dezembro de 1942, ocupando ao chegar, o aquartelamento já existente desde 1922, e que no momento era ocupado por um Grupo de Artilharia. Em agosto de 1943 foi designado para compor a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutaria na 2ª Grande Guerra Mundial (1939-1945). Posteriormente à designação, seguiu para a cidade fluminense de Três Rios, a fim de realizar os treinamentos, visando o embarque para o Teatro de Operações da Europa. Incorporado à 1ª DIE/FEB, o 9º Batalhão de Engenharia participou da Campanha da Itália (1944-1945), durante a 2ª Guerra Mundial, realizando importantes trabalhos de engenharia e cooperando eficazmente nas conquistas de Monte Castelo, CastelNuovo, Camaiore e Montese, além da manobra divisionária que culminou com a rendição incondicional da 148ª Divisão de Infantaria Alemã. O livro “A FEB por Seu Comandante”, do Comandante das Tropas Brasileiras na Itália, Marechal Mascarenhas de Moraes (1960), descreve a participação brasileira na 2ª Guerra Mundial, durante a Campanha da Itália: “A Primeira tropa brasileira a cumprir missão de combaté em território italiano foi a 1ª Cia do 9º BE Comb (9º Batalhão de Engenharia de Combaté), comandada pelo capitão Floriano Möller...”. Naquela oportunidade uma das pontes construídas foi denominada “Aquidauana”. Por seus gloriosos feitos na Campanha da Itália, a Bandeira Nacional do 9º Batalhão de Engenharia de Combaté foi agraciada com as seguintes condecorações: Cruz de Combaté 1ª Classe, Ordem do Mérito Militar e Medalha Italiana “Valore Militare”. Após a Chegada ao Brasil, o 9º Batalhão de Engenharia de Combaté foi desmobilizado, e reduzido a uma companhia. Durante a desmobilização, em 1945, o comandante do Batalhão na Campanha da Itália, Coronel Machado Lopes, percebeu a importância histórica da participação do 9º BE Cmb na 2ª Guerra Mundial, guardando consigo parte dos arquivos históricos da Campanha na Itália, que serviram posteriormente para a criação do Museu do 9º BE Cmb, hoje denominado Museu Marechal José Machado Lopes, em homenagem ao seu insigne comandante. Em 1956, o então Presidente da República, Juscelino Kubitschek, restabelece o 9º Batalhão de Engenharia de Combaté, com a designação histórica de “Batalhão Carlos Camisão”, homenagem ao insigne comandante da “Retirada da Laguna”. Em 06 de outubro de 2007 o 9º Batalhão de Engenharia de Combaté - Batalhão Carlos Camisão, comemorou seu 65º Aniversário, unidade de grande importância para a Engenharia Militar Brasileira. Henrique recebeu a Medalha de Guerra e a Medalha de Campanha. Na vida civil Henrique dedicou-se ao comércio, tendo sido empresário de uma cadeia de lojas de eletrodomésticos. Falecido em 13 mar 1967.


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