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Posfácio

Foi com um grande sentimento de realização que participei dos trabalhos que levaram a final a redação deste volume. Trata-se de um esforço que praticamente dá continuidade a obra pioneira de Da. Frieda Wolff, que em seu fantástico labor historiográfico sobre os judeus no Brasil, abordou aqueles que seguiram carreira nas Forças Armadas, temática geralmente pouco conhecida, mesmo na comunidade judaica, que trouxe a lume diversos nomes, alguns dos quais constando deste livro, e que citamos a seguir: Tenente-coronel Francisco Leão Cohn, da Guarda Nacional, com atuação brilhante como Ajudante de Ordens, Quartel-mestre Geral e comandante do 6° Batalhão de Caçadores. Para a Guerra do Paraguai, levou um dos batalhões do primeiro contingente do Rio de Janeiro, em 1865, recebendo a bandeira das mãos do Imperador Dom Pedro II, ao embarcar. Leão Zagury, de Macapá, também da Guarda Nacional, cujo diploma com data de 13 de agosto de 1906 está exposto no Museu daquela cidade. Irmãos Aarão e Elias Isaac Benchimol, de Belém. Aarão ingressou na Escola Militar do Realengo em 1930 na Arma de Cavalaria, e com a modernização do Exército tomou parte em diversos cursos de especialização nos Estados Unidos, servindo durante a Guerra no Recife e em Fernando de Noronha, promovido a General-de-Divisão por merecimento em 1962. Seu filho Isaac é Capitão-de- Mar-e-Guerra. Irmãos General Samuel Kicis e General Maurício Kicis, ambos de Artilharia. Maurício se dinstinguiu durante a Intentona Comunista em 1935. General Abraham Ramiro Bentes, também de Artilharia, era membro de comissões tratando da recuperação de antigas fortalezas em Mato Grosso e a Santa Cruz, RJ, servindo em diversos estados como Paraíba e São Paulo. Irmãos Levy Cardoso, filhos de Antônio de Almeida Cardoso que se converteu ao judaísmo por amor à dona Estella Levy. Armando, filho mais velho, foi reformado no posto de Coronel. Waldemar, como tenente-coronel de Artilharia, participou da campanha da Itália. Na Marinha, Leão Amzalak, o primeiro de que se tem conhecimentno, filho de Isaac Amzalak, da Bahia, e irmão das três beldades - Simy, Esther e Mary Roberta - que Castro Alves imortalizou em alguns de seus poemas. Leão sentou praça como Aspirante em 1879; acompanhou o príncipe Augusto na visita à Portugal, a bordo do encouraçado “Solimões”. Segundo-Tenente em 1886, primeiro-tenente em 1889, foi transferido para a Reserva em 1894, devido a sua participação na Revolta da Marinha. Em 1900 era Capitão-Tenente servindo na Biblioteca e no Museu Naval ingressando depois na Marinha Mercante. Capitães-de-Mar-e-Guerra Edidio Guertzenstein a Boris Chigris, entre outros, que serviram como médicos da Marinha. Boris trabalhou num navio socorro, um rebocador de Alto Mar assistindo os navios na costa brasileira do Espírito Santo até o Rio Grande do Sul e, mais tarde, cardiologista, no Hospital Marcílio Dias, servindo com Amihay Burlá depois Almirante e Diretor do Hospital Central da Marinha onde também serviram Marcus Blank, urologista, Luís Blank, anestesista, drs. Mink e Brenner, cardiologistas como Boris que foi, no final da carreira, transferido para Brasília fundando na então nova capital o primeiro hospital da Marinha e convidado a ser médico cardiologista do presidente Médici. Na Aeronáutica, Milton Castro, carioca que já nos idos de 1935 era aviador da Marinha de Guerra, depois, instrutor de pilotos de caça. Em 1942, a época do novel Ministério da Aeronáutica foi cedido para a Panair do Brasil, na falta de pilotos civis. Lá pilotou o pequeno mas seguro Lodstar e mais tarde os Constellation, tendo realizado o primeiro vôo da Panair para o Oriente Médio. Mais recentemente o Brigadeiro Médico Dr Waldemar Kichinewsky, que foi Diretor do Hospital Central da Aeronáutica no Rio Comprido, Rio de Janeiro e Presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia. A lista é extensa e continua sendo aumentada até hoje, nas Forças Singulares e Auxiliares. Enfim, sentado ao computador, extraindo dados de antigas folhas de alterações e diplomas de medalhas descrevendo tantos atos de heroísmo, desprendimento, patriotismo, aflorava um grande orgulho por ser brasileiro, um patrício daqueles bravos soldados, e também um correligionário da fé judaica. Lembrava que se tivesse nascido 20 anos antes, eu poderia ter sido um deles. Mas o destino não quis assim, e vim ao mundo como dizia meu saudoso pai, Abram Blajberg, Z”L, no mês da vitória, em 31 de maio de 1945, portanto 23 dias após o término da guerra na Europa aos 8 de maio... Somos da tribo de Levy. Num passado remoto, distante antepassado em meio ao deserto não se deixou iludir pelo bezerro de ouro, aguardando que nosso Grande Patriarca Moisés descesse do Monte Sinai trazendo as Tábuas da Lei, o que nos chegou até hoje em dia por tradição oral. Assim, fomos sagrados como Guardiães do Tabernáculo, tendo a honra da Leitura da Torah nas sinagogas, logo após os descendentes dos Cohanim (Cohen = Sacerdote do Templo de Salomão). Sob outros sobrenomes, mas com o mesmo descortino e esperança continuamos a trilhar a estrada da vida, satisfazendo-nos em ter nosso sustento, poder recordar nosso passado, esperando do futuro somente alegrias. Somos tementes a D'us, o Grande Arquiteto do Universo, fiéis a Lei de Moisés, e apesar dos nomes às vezes complicados, que se repetem ad aeternum honrando a memória de nossos pais e avós, somos tão brasileiros quanto qualquer brasileiro. Síntese daACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTREDO BRASIL - AHIMTBFundada em 1º de março de 1996Fundada em Resende, Cidade dos Cadetes do Exército, há 12 anos, em 1º de março de 1996, aniversário do término da Guerra do Paraguai e do início do ensino militar na AMAN.A Academia de História Militar Terrestre do Brasil, ou simplesmente AHIMTB, desenvolve a História das Forças Terrestres do Brasil: Exército, Fuzileiros Navais, Infantaria da Aeronáutica, Polícias, Bombeiros, Auxiliares e outras forças que as antecederam.Possui sede e foro em Resende, mas de amplitude nacional, tem como patrono o Duque de Caxias e como patronos de cadeiras historiadores militares terrestres assinalados, por vezes também ilustres chefes militares, como os marechais José Bernadino Bormann, José Pessoa, Leitão de Carvalho, Mascarenhas de Moraes, Castelo Branco e generais Tasso Fragoso, Alfredo Souto Malan, Aurélio de Lyra Tavares e Valentim Benício.Foram consagrados em vida como patronos de cadeiras, em razão de notáveis serviços à História Militar Terrestre do Brasil, os generais A. de Lyra Tavares, Jonas de Moraes Correia, Francisco de Paula Azevedo Pondé, Severino Sombra e Umberto Peregrino, o Almirante Hélio Leôncio Martins e os coronéis Francisco Ruas Santos recém falecido, Jarbas Passarinho e Helio Moro Mariante da Brigada Militar RGS.Figuram como patronos civis Barão do Rio Branco, Dr Eugênio Vilhena de Morais, Gustavo Barroso, Pedro Calmon e José Antônio de Mello pelas contribuições à História Militar Terrestre do Brasil.Entre os fatores da escolha de Resende ressalta ser a AMAN a maior consumidora de assuntos de História Militar que hoje ministra a seus cadetes no 2º, 3º e 4º anos, através de sua cadeira de História Militar, o único núcleo contínuo e dinâmico de estudo e ensino de História Militar no Brasil. A Academia possui como órgão de divulgaçãoo jornal "O Guararapes", já no seu número 48, que é dirigido a especialistas no assunto e à autoridades com responsabilidade de Estado pelo desenvolvimento deste assunto de importância estratégica. A divulgação ainda é feita através do um site: www.ahimtb.org.br. A Academia desenvolve seu trabalho em duas dimensões: 1ª a clássica como instrumento de aprendizagem em Arte Militar com vistas ao melhor desempenho constitucional das Forças Terrestres, com apoio em suas experiências passadas etc. A 2ª com vistas a isolar os mecanismos geradores de confrontos bélicos externos e internos para que colocados à disposição das lideranças civis estas evitem futuros confrontos bélicos com todo o seu rosário de graves conseqüências para a Sociedade Civil Brasileira.A Academia dá especial aténção à juventude masculina e feminina estudando nos sistemas de ensino das Forças Terrestres Brasileiras, com vistas a promover encontro dela com as velhas gerações e as atuais de historiadores militares terrestres e soldados terrestres e, além, tentar despertar no turbilhão da hora presente, de ingresso no insondável 3º milênio, novas gerações de historiadores militares terrestres, especialidade hoje em vias de extinção por falta de apoio e sobretudo estímulo editorial. Constatar é obra de simples raciocínio e verificação!É assunto que merece, salvo melhor juízo, séria reflexão de parte de lideranças das Forças Terrestres com responsabilidade funcional de desenvolver a identidade e as perspectivas históricas das mesmas e, além, as suas doutrinas militares expressivamente nacionalizadas calcadas na criatividade de seus quadros e em suas experiências históricas bem sucedidas o que se impõe a uma grande nação, potência, ou grande potência do 3º Milênio.No desempenho de sua proposta ela vem realizando sessões junto à juventude militar terrestre brasileira, a par de posses de novos acadêmicos do Exército, Fuzileiros Navais, Infantaria da Aeronáutica e Polícias e Bombeiros Militares que vêm progressivamente mobilizando e integrando em sua cruzada cultural e centralizando subsídios em seu Centro de Informações de História Militar Terrestre do Brasil em Resende, junto a AMAN.Outra finalidade da Academia é enfatizar para os jovens com os quais contata a importância da História do Brasil e a de sua subdivisão - A História Militar Terrestre do Brasil. A primeira como a mãe da identidade e perspectiva históricas do Brasil e, a segunda como mãe da identidade e perspectivas históricas das forças terrestres brasileiras no contexto do Brasil e, como em todas as grandes nações, potências e grandes potências mundiais, isto por ser subsidiária de soluções táticas, logísticas e estratégicas militares brasileiras que nos últimos 500 anos foram responsáveis, em grande parte, pelo delineamento, conquista, definição e manutenção de um Brasil de dimensões continentais.Soluções capazes de contribuírem para o desenvolvimento da doutrina militar terrestre brasileira, com progressivos índices de nacionalização, como a sonharam o Duque de Caxias e os marechais Floriano Peixoto e Humberto Castello Branco.Complementarmente procura a Academia apontar aos jovens, seu público alvo, os homens e instituições que lutam patrioticamente, a maioria das vezes sem nenhum apoio, para manter acesas e vivas as chamas dos estudos de História do Brasil e seus desdobramentos com o apoio na análise racional e não passional de fontes históricas, íntegras, autênticas e fidedignas, que com grandes esforços garimpam, ao invés das manipulações históricas predominantes entre nós feitas por historicidas, fruto das mais variadas paixões, fantasias e interesses, o que Rui Barbosa já denunciava em seu tempo. Confirmar é obra de simples verificação e raciocínio. E se os jovens disto se convencerem e exercerem o seu espírito crítico será meia batalha ganha.A Academia vem atuando em escala nacional com representantes em todo o Brasil em suas várias catégorias de sócios e já possui em Brasília, junto ao Colégio Militar, funcionando a sua Delegacia Marechal José Pessoa e instalou no Colégio Militar de Porto Alegre a Delegacia General Rinaldo Pereira Câmara e, em Fortaleza a delegacia Cel José Aurélio Câmara. E no Rio de Janeiro no IME, a Delegacia Marechal João Batista de Matos e em Curitiba a Delegacia Gen Luiz Carlos Pereira Tourinho. E em São Paulo as delegacia Cel Pedro Dias de Campos voltada para a História da PMSP e ao abrigo da Associação de Oficiais da Reserva da Polícia Militar de São Paulo cujos quadros contam com dois acadêmicos e mais a Delegacia Gen Bertholdo Klinger abrigada no QG da 2ª DE.Em Pelotas possui a Delegacia Fernado Luis Osório homenagem ao grande historiador militar neto do General Osório. Em Caxias do Sul a Delegacia Gen Morivalde Calvet Fagundes, grande historiador da Revolução Farroupilha e ao abrigo do Grupo Conde de Caxias. Este é em síntese o perfil da Academia de História Militar Terrestre do Brasil que pretende ser um fórum cultural para o debaté de assuntos históricos de natureza doutrinária e em especial para militares da Reserva das Forças Terrestres do Brasil para aproveitar as valiosas experiências que colheram em suas vidas na caserna. A Academia completou 12 anos, e já orgulha de haver muito realizado. Seu sucesso continuado depende do empenho, solidariedade e vontade cultural de seus membros e da sensibilidade das lideranças de nossas Forças Terrestres em apoiar e estimular a iniciativa de grande benefício e insignificante custo para as mesmas a serviço do objetivo atual 1º do Exército que a Academia estendeu as outras forças terrestres do Brasil.“Pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a memória histórica, as tradições e os valores morais culturais e históricos do Exército Brasileiro.Claudio Moreira BentoPresidente da AHIMTB

Delegacia da AHIMTB no Rio de Janeiro MARECHAL JOÃO BAPTISTA DE MATTOS Nascido no alvorecer do século, neto e bisneto de escravos. Em 1918, poucos anos decorridos da aboliação torna-se um Cadete do Realengo, ingressando no Exército que acolhe e irmana a juventude, independente do berço, de qualquer origem, transformando a todos em soldados brasileiros. Declarado aspirante a oficial da arma de infantaria, sua turma de 1921 da antiga Escola Militar daria ao Brasil outros Marechais, como Castello, Costa e Silva, Kruel, Maurell e Levy Cardoso. Esteve à frente de tropa em combaté, tornou-se o Historiador dos monumentos. Presidiu o IGHMB, IHGB, SBG. A Delegacia RIO desta Academia tem o pivilégio de ostentar o seu nome honrado, de soldado exemplar, educador dedicado e historiador eminente, Marechal João Baptista de Matos.

Curriculum Vitae Sintético do Autor Israel Blajberg

Brasileiro nato de primeira geração, nascido no Hospital da Cruz Vermelha, Rio de Janeiro aos 31 maio 1945. Casado com a Arquiteta Marlene R. Blajberg, possuem 4 filhos e 8 netos. Estudou na Escola Israelita Brasileira I. L. Peretz, em Madureira e no Colégio Arte e Instrução em Cascadura. Diplomado pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, Turma Povo Brasileiro - 1968 –Eletrônica. Ex-aluno do CPOR/RJ, da Turma Marechal Rondon, Artilharia 1965, Diplomado pela ESG – Escola Superior de Guerra em 2004 (CAEPE – Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia), Turma Vontade Nacional, e 2007 (CLMN – Curso de Logística e Mobilização Nacional), Turma Cinquentenário do CLMN Engenheiro Coordenador do BNDES e Professor Adjunto IV da Escola de Engenharia da UFF, aposentado em 2011 e 2015 respectivamente com 36 e 46 anos de serviço. Funções atuais: Presidente da AHIMTB/RIO - Academia de Historia Militar Terrestre do Brasil 1º. Vice Presidente e Diretor de Relações Públicas da Associação Nacional dos Veteranos da FEB 2 º. Diretor Técnico-Cultural da Associação dos Antigos Alunos da Polytechnica – A3P Diretor de Cidadania da FIERJ – Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro Diretor Acadêmico do Memorial Judaico de Vassouras. Diretor Secretário do Instituto SanMartiniano do Brasil 2º Diretor Social - SOAMAR-RIO Conselheiro do Instituto Cultural Brasil - Rússia Mikhail Lermontov Sócio Honorário da Association Française des Ancien Combattants Sócio Benemérito – Associação dos Ex-Alunos do CPOR-RJ Sócio Titular do IGHMB, Cadeira 79 – Marechal Mascarenhas de Moraes, Recebeu o Premio UFF de Literatura com o trabalho Adeus A UFF em dez/2007. Autor de SOLDADOS QUE VIERAM DE LONGE, 2008, AHIMTB/FIERJ, Estrela de David No Cruzeiro do Sul, 2015, AHIMTB/FIERJ/CONIB e Herança Espiritual Judaica – Brasilidades, 2015, AHIMTB Participou do I SENAB 2012 - Seminário de Estudos sobre o Brasil na II GM com o trabalho 1942 – Um Ano Singular Palestrante na Casa do Saber - TECNOLOGIA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, maio de 2010. Em 2005 participou da Delegação Brasileira para a Marcha da Vida na Polônia e Israel. Admtido nas Ordens do Mérito da Defesa, Naval, Militar e Aeronáutico. Possui as medalhas Mérito Tamandaré, Medalha do Pacificador, Cruz do Combatente Polonês, Mérito dos Veteranos Poloneses e Antigos Presos Políticos, Pro-Memoria do Governo Polonês, Cruz do Combatente da Europa (Francesa e Italiana) entre outras nacionais e estrangeiras.


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