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Moyses Chahon, Pedro Kullock e Rafael Eshrique

Moyses Chahon Moyses Chahon nasceu aos 27/08/1918 no Rio de Janeiro, filho de José Ascher Chahon e Mathilde Gammal. Em princípios do séc. XX, seus pais emigraram de Izmir, Turquia, país onde florescia importante comunidade judaica, há poucos anos vítima do ódio que dinamitou uma sinagoga. Após longa viagem de navio, a família foi morar na Rua do Rezende. Preferiram o Brasil, País do Futuro no dizer do correligionário Stefan Zweig, seguindo os passos de outros que haviam partido mais cedo em busca dos ares mais amenos do Novo Mundo. Ali perto, Moyses estudou no Colégio Anglo-Americano na Praia de Botafogo, e depois no Colégio Pedro II (Internato). Cursou a Escola Militar do Realengo, praça de 28/04/1939, tendo sido declarado Aspirante a Oficial da Arma de Infantaria aos 03/12/1914. Promovido a 1º Tenente, foi transferido para o Rio, onde foi servir no Sampaio, o I Regimento de Infantaria, na Vila Militar. Os jornais de Florianópolis em jan/1944 noticiavam os atos de promoção e transferência do Ministro da Guerra, já naquela época destacando suas qualidades promissoras, lamentando a sua ausência e referindo-se em termos bastante elogiosos. Embarcou para a Itália no 2º Escalão, aos 22/09/1944. Na FEB foi incorporado a 6ª Companhia do Regimento, hoje o 1º Batalhão de Infantaria Motorizada do Grupamento de Unidades Escola. Comandou um pelotão de fuzileiros, nos ataques a Monte Castelo em 12/12/1944 e em 21/02/1945; Conquistou as posições inimigas em La Serra - 24/02/1945. De amarelecidos recortes de jornais zelosamente preservados pela família pode-se reviver uma história recoberta pela poeira do tempo. A emoção de ler hoje estes relatos é a mesma de exatos 60 anos, aos 24 de fevereiro de 1945, 3 dias após a Tomada do Monte Castelo. Segundo despacho do correspondente de guerra Joel da Silveira, enviado especial da Agência Meridional de algum ponto da Itália, ao cair da tarde os pelotões comandados pelos Tenentes Moises Chahon e Apolo Miguel Rezk receberam ordem de avançar sobre os morros de La Serra. Após 6 horas de combaté, a posição foi tomada, ficando feridos os Tenentes Apolo e Moyses. A valente conduta dos soldados sob pesado fogo alemão, tomando 2 pontos fortemente defendidos foi elogiada pelo Comandante do V Exército Americano, devido a sua grande importância para as operações futuras. O Correio da Manhã, sob a manchete “É Carioca o Tenente Chahon" divulga que ele tem 26 anos, filho de Matilde Chahon Gammal, o endereço na Av N. Sa. de Fátima, 86/501, e que esta senhora, alem do Ten Moyses, tem outro filho lutando pelo Brasil, o qual se chama Alberto e é tenente do Corpo de Transmissões. Ao final da guerra, em 23 de maio de 1945, ainda na Itália, na cidade de Alessandria, o Comandante do V Exército Americano, Tenente General Lucian Truscott agraciou os soldados brasileiros da FEB e da FAB que mais se destacaram com as seguintes medalhas: 1 - Citação de Combaté - Medalha “Distinguished Service Cross” (Cruz de Serviços Distintos) – APOLLO MIGUEL REZK (1G - 153466) – Primeiro Tenente R/2 de Infantaria. 2 - Citação de Combaté - Medalha “Silver Star” (Estrela de Prata) – MOYSES CHAHON (1G-163.603) - Primeiro Tenente de Infantaria. GERVAZIO DESCHAMPS PINTO (1G-149.061) - Segundo Tenente de Infantaria. JOÃO GUILHERME SCHULTZ MARQUES (1G-243.180) - Primeiro Sargento de Infantaria. AFONSO DE MELLO(1G-267.486) – Soldado de Infantaria. 3 - Citação de Combaté - Medalha “Bronze Star” (Estrela de Bronze) – concedida a 11 militares brasileiros, entre os quais os Tenente Coronéis Humberto de Alencar Castello Branco e Amaury Kruel, que um dia se tornariam Marechais do Exército Brasileiro. 4 - Citação de Combaté - Medalha “Air Medal” (Medalha de Aeronáutica) – concedida a 20 pilotos de caça brasileiros, Portanto, apenas 4 brasileiros receberam a Silver Star, entre os quais Moyses. A única Medalha de Serviços Distintos, mais alta condecoração americana, foi concedida a apenas um brasileiro, o Ten R/2 Apolo, conhecido justamente como o maior herói da FEB, e que comandava o outro pelotão da mesma 6ª Cia do Regimento Sampaio, junto com o pelotão de Moyses na Tomada de La Serra. A citação expedida em Boletim do Quartel General do V Exército, traduzida do inglês, concede a Silver Star a Moyses por atos de bravura em combaté aos 23 de fevereiro de 1945, na conquista do importante objetivo de La Serra, onde sob pesado e constante fogo de artilharia e morteiros conduziu seu pelotão no avanço sobre o ponto cotado 958, expulsando os alemães de posições extremamente bem fortificadas. Confrontando intenso fogo inimigo e repetidos contra-ataques, organizou e manteve a defesa da posição recém-conquistada, ainda que penosamente, dado ter sido ferido ao início do engajamento. O Primeiro Tenente Moyses brava e heroicamente liderou os seus soldados na derrota do inimigo. Moyses recebeu ainda a Medalha Sangue do Brasil, por ter sido ferido em ação, a Cruz de Combaté de 2ª Classe, Medalha de Campanha, Medalha de Guerra e uma Citação de Combaté do General de Divisão João Baptista Mascarenhas de Moraes, Comandante da FEB, expedida aos 23 de fevereiro de 1945, onde se pode ler ao final: “A combatividade, o espírito de sacrifício, a decisão inquebrantável, a elevada compreensão que tem da honra militar, a capacidade de comando reveladas pelo Ten Chahon, são exemplos dignificantes que desejo por em relevo, para os brasileiros que combatém na Itália.” Recebeu ainda a Ordem do Mérito Militar de 1ª Classe, Medalha Militar com Passador de Ouro (30 anos), Medalha do Pacificador, e a Carta Paténte de Cavaleiro de mérito da Ordem Militar e Hospitalar de são Lazaro de Jerusalém. Moyses foi agraciado com a Cruz de Combaté de 2ª Classe outorgada pelo Presidente da República; Em extensa citação no diploma, Moyses é louvado pela coragem com que comandou seu pelotão, mantendo-se por 4 dias em em face de sucessivos e violentos contra-ataques inimigos, sendo atacado a granadas de mão, desabrigado e sob fogo de artilharia e morteiros. Nos dia seguintes melhorou as posições e repeliu diversos contra-ataques, fazendo prisioneiros, tendo seu pelotão sofrido as maiores baixas da companhia. Moyses retornou da Itália em 22/08/1945. Transferido para reserva no posto de General de Divisao aos 25/12/1969, e reformado em 22/09/1971. Moyes Chahon, este bravo Soldado Brasileiro de fé judaica, Herói de La Serra, nos combatés da Itália honrou a memória do valente cearense de Tamboril, Brigadeiro Antônio de Sampaio, Patrono da Arma de Infantaria que dá nome ao seu Regimento. Deixou nosso convívio em 1981 aos 63 anos. Depoimento da Dra. Vera Chahon, filha do General Moyses Chahon e sobrinha do Coronel Alberto Chahon. Dra. Vera Chahon é psicóloga no Rio de Janeiro, e gentilmente elaborou o relato que reproduzimos abaixo. Julgamos oportuno preservar o estilo coloquial apenas com ligeiras alterações, permitindo ao leitor conhecer o lado familiar dos Irmãos Chahon, emotivo e tocante. “Um pouquinho da história dos irmãos Chahon" A FAMÍLIA PAI - José Ascher Chahon - nascido em Rodes- Grécia (ele se dizia turco na época, devido à guerras permanentes) Chegou ao Brasil com seu irmão mais velho David. MÃE - Mathilde Cohen (de solteira) - nascida em Smirna Turquia, se dizia grega pelas mesmas razões. Falava ladino. Faleceu em 1984. Antes de chegar ao Brasil, minha avó Mathilde esteve antes na Argentina. Meu avô José morreu jovem, aos 39 anos, deixando três filhos, Rebecca, a mais velha e os dois meninos. Papai ficou órfão aos 9 anos de idade e tio Alberto aos 7. Vovô sofria de uma doença renal hereditária - rim policístico, que infelizmente meu pai herdou e que aos 62 anos foi a causa de sua morte. Muito pouco se falava desse avô, pois antes de falecer o casal havia se separado - acredito que muito em função das alterações da doença, que viemos mais tarde a conhecer em nosso próprio pai. Sempre que ele sentia dores nos rins, nos pedia para sentar sobre suas costas fazendo peso, e lembrava-se que o pai lhe pedia o mesmo, já separado da mãe e morando em um quarto de hotel. Devido à situação financeira muito precária, minha avó Mathilde passou a costurar para fora e conseguiu bolsa de internato para os dois meninos, no Colégio Anglo Americano. Posteriormente tornou-se da alta costura, o que lhe garantiu uma freguesia da “alta”. Digo isto, porque este fato teve influência na entrada dos meninos para as Forças Armadas. Inicialmente ao prestarem exames, foram barrados pelo fato de serem judeus. Uma freguesa de vovó, esposa de um general (Gen. Pondé) ao saber relatou ao marido, que então enviou uma carta de recomendação, o que lhes abriu as portas. Uma estrela de David no peito! Quanta diferença fez! Contavam eles que foram muito discriminados no Internato, e até mesmo sofreram maus tratos por parte de uma diretora - Miss Dayse, pois eram pobres, mal vestidos. Papai contava do solado de seu sapato, formando uma língua, das camisetas surradas... Muito diferente dos outros meninos. Interessante que nunca transpareceu nenhuma queixa, ressentimento ou mágoa. Acho que nos contava estas passagens muito no sentido de nos ensinar a valorizar as conquistas e o esforço necessário para se vencer na vida. Os estudos acima de tudo!!! Ele foi exigente neste ponto, mas a gente nunca se sentiu pressionado, era muito suave a forma como exerceu sua função patérna. Minha mãe às vezes se dirigia a ele como sendo “pai-mãe”, pois era ele que nos levava ao colégio (para que ela pudesse dormir um pouco mais), preparava merenda, comprava livros e encapava os cadernos, ajudava nos trabalhos de escola. E sempre fazendo amizade com nossos mestres. Só mais tarde percebi que era uma forma de controlar nosso “andamento”, mas também era tão sutil e natural, que nunca nos sentimos perseguidos ou envergonhados por sua presença constante. Lembro uma vez - meu tio Alberto já em idade avançada comentando o fato e tomado de tanta emoção que me comoveu, pois não sabia que tinham sofrido a tal ponto. Depois estudaram no Pedro II e de lá direto para a Escola de Cadetes, após vencerem as provas dificílimas, inclusive de esforço físico e com a carta de recomendação do Gen. Pondé. Seguiram carreira, papai serviu inicialmente em Florianóplolis. Parênteses: (Nossa, Israel, ao escrever estas linhas acabei me emocionando tanto! Fico a pensar como deve ter sido difícil a vida para eles ainda tão pequenos, vivendo a separação dos pais, em uma época em que isto não era nada comum. Em seguida órfãos de um pai muito querido, e separados da mãe ao viverem no internato... Acho que para quem conseguiu vencer essas batalhas da vida e da alma, a guerra foi... não dá para saber !). Na época da guerra, minha avó foi chamada ao Quartel General, pois tendo dois filhos militares e sendo viúva, somente um deveria ir para a Itália. Escolha de Sofia! Ela retrucou que iriam os 2, ou nenhum. Daí em diante você já conhece parte da história. Tio Alberto ocupou função nas telecomunicações e ficamos sabendo das “ordens” que eram dadas, quando havia problemas nos fios, sei lá. Na época pode-se imaginar a precariedade de tudo. Ao voltarem da guerra, fizeram de imediato exame para a Escola Técnica Militar (atual IME). Loucos! Passaram, mas tiveram que esperar o ano seguinte para que fossem então promovidos a Capitão (houve alteração impedindo que 1º Ten. ingressassem no IME). Meus pais se casaram no Grande Templo, em 26 de janeiro de 1950. Ambos foram grandes chefes de família, pais amorosíssimos, maridos maravilhosos, segundo as esposas.Também filhos gratos e generosos, pois com as economias que fizeram durante a guerra, vovó comprou uma casa geminada em Botafogo, cujo aluguel sempre foi revertido para o casal (ela e o padrasto, um verdadeiro e amadíssimo pai postiço e avô - Selim Gammalnascido em Alexandria, Egito). Os dois sempre se ocuparam do bem-estar do casal, mesmo morando fora do Rio. Papai Moyses após concluir Engenharia Mecânica de Automóveis e Industrial, fez arquitetura na Universidade do Brasil (atual UFRJ). Mas ele era um compositor, fazia músicas, cantava e sua grande frustração era não tocar nenhum instrumento. Isto nunca lhe impediu de cantar nos bailes, o que me surpreendia, porque apesar de muito expansivo e dado, ele era um tímido lá no seu interior. Uma figura! Amava esportes, e ao receber um trote da turma de Cavalaria, passou a se dedicar à montaria. Tenho seu uniforme completo de equitação - menos o quepe. Aos 36 anos de idade foi diagnosticado como portador da doença patérna, e lhe deram de 6 meses a um ano de vida, devido à falta de recursos da medicina. Outra batalha a enfrentar - dietas absolutas, privações de toda ordem - inclusive de praticar esportes. Ele cumpriu rigorosamente tudo que lhe favorecesse uma melhor qualidade de vida, e assim foi! Trabalhava normalmente, sem nunca faltar, enfim, levou vida normal e controlada. Gostava muito de viver! Fazia tudo pela família. Saímos do Rio para Itajubá, sul de Minas (muito distante na época) e lá ele serviu na Fábrica de Armas de Itajubá. Em Juiz de Fora, serviu no Quartel sede da 4ª Região Militar, tendo chefiado o setor de moto-mecanização de toda a Região Militar, em especial em março de 1964, quando apoiou a Revolução juntamente com o Gen. Olímpio Mourão Filho, sendo o responsável pela mobilização das tropas para o famoso encontro no rio Paraibuna. Nunca, porém, rompeu com seu ideal de democracia, entendendo que os Presidentes militares deveriam ter realizado a transição de poder aos civis, muito antes do ocorrido. Mesmo morando fora e não tendo sinagoga nem famílias judias onde morávamos, sempre vínhamos ao Rio para todas os festejos judaicos. Tínhamos a sorte de comemorar com ambas as famílias, pois moravam no mesmo prédio em Copacabana. Embora tenhamos tido na juventude pouco contato com a comunidade, nossos avós matérnos e patérnos, eram muito religiosos e zelosos quanto aos princípios judaicos, mas não diria propriamente ortodoxos. Presunto, camarão, nem pensar. Frequentávamos a Sinagoga Beth-El, do CIB - Centro Israelita Brasileiro, na Rua Barata Ribeiro em Copacabana. Com o agravamento da doença, Papai Moysés sofreu um transplante de rim, passando para reserva, isso após ter feito o curso de Direito juntamento com o filho, Jose Alberto Chahon, engenheiro do BNDES. Tio Alberto mudou-se para Barueri. Pedro Kullock Pedro nasceu dia 12 de dezembro de 1922 na cidade do Rio de Janeiro, filho de Manoel e Sara Kullock. Na FEB foi Aspirante a Oficial de Infantaria tendo embarcado em 08 de fevereiro de 1945 com o CRP/FEB – Centro de Recompletamento de Pessoal, e retornado em 03 de outubro de 1945 com o DP/ FEB – Depósito de Pessoal. Embora jovem ainda, já era um homem com grande experiência de vida e viajado, conhecia a Argentina, tinha residido nos Estados Unidos e por dominar o inglês ocupou a função de intérprete junto ao V Exército. Oriundo do CPOR/RJ, esteve sediado em Florença, o que resultou em forte ligação emocional com esta magnífica cidade italiana, o berço do Renascimento italiano, e uma das cidades mais belas do mundo, terra natal de Dante Alighieri, autor da “Divina Comédia”, marco da literatura universal. O pessoal da FEB costuma gozar licenças nesta cidade, governada pela família Médici desde o início do século XV até meados do século XVIII. O primeiro líder da cidade pertencente à família Médici foi Cosme, o Velho, chegou ao poder em 1437. Foi um protetor dos judeus na cidade, iniciando uma longa relação da família com a comunidade judaica, uma relação tensa, que se tornaria comprometedora com a Inquisição italiana. Florença teve antes e durante o período de governo dos Médici uma influente comunidade judaica, que deteve um papel proeminente na arte, finanças e negócios da cidade até que os judeus passaram a ser perseguidos mais fortemente pela Inquisição italiana. A Grande Sinagoga de Florença, também conhecida como Tempio Maggiore, Templo Principal, é considerada uma das mais belas da Europa. Destacam-se as diversas e belíssimas catédrais de épocas e estilos diferentes. A cidade também é cenário de obras de artistas do Renascimento, como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Giotto, entre outros. Em Florença nasceram os papas Leão X, Clemente VII, Clemente VIII, Leão XI, Urbano VIII, Clemente XII. Por alguns dias Pedro teve sob sua responsabilidade prisioneiros da 148ª Divisão de Infantaria alemã, que se rendeu a FEB em abril de 1945, com cerca de 20 mil homens e farto matérial de combaté. Os prisioneiros foram entregues ao V Exército Americano que os relocou para o campo de prisioneiros de Modena, já que a FEB não dispunha de local nem meios para exercer a guarda. Em dada oportunidade mandou que entrassem em forma e se perfilassem, apresentando-se como o comandante da unidade a que estavam prisioneiros, falando em yiddish, língua bastante parecida com o alemão, finalizando com “Ich bin Jude” (Sou Judeu), ao que nenhum deles da suposta “raça superior” ousou responder. Na vida civil Pedro foi industrial e sócio e diretor da Construtora Servenco e da Rio Som. Tinha um hobby de projetar e construir moto-homes com os quais viajou pelo mundo. Era artista amador no Colégio Israelita Eliezer Steinbarg, na Rua das Laranjeiras, do qual foi um dos fundadores. A filha Eline herdou seus dotes artisticos, atuando mas tarde no mesmo palco. Pedro pertencia a casta sacerdotal dos Sacerdotes do Templo de Salomão em Jerusalém. Pela tradição oral passada de pai para filho, Pedro descendia de Aharon haCohen, irmão do Grande Patriarca Moises, e que foi o primeiro Grande Sacerdote. Isso lhe dava certos direitos e deveres na tradição judaica, como ser o primeiro a ser chamado na sinagoga para a leitura da Torá (Bíblia), e não poder ter proximidade com mortos, assim não podia entrar em cemitérios. Tansmitiu aos filhos seus valores judaicos, como relata Paulo César. Era um empreendedor, desbravador, montando a Rio Som, empresa que respondia por 90% dos anúncios de rádio ao início dos anos 60. Ajudou a consolidar a Servenco no começo, junto com o pai e irmãos. Já com mais de 70 anos aprendeu informática e fazia mapas astrológicos. No final da vida, já incapacitado ainda estudava a possibiliddade de criar avestruzes. Faleceu em 11 de agoto de 2001. Rafael Eshrique Rafael era 1° Sargento, tendo embarcado aos 22/09/1944 integrando o QG do General Olympio Falconiere da Cunha, e retornado em 22/06/1945 integrando a Tropa do QG da 1ª DIE - Divisão de Infantaria Expedicionária. Há uma foto de Rafael na Itália onde faz uma dedicatória ao Ten Moyses Chahon.


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