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Capítulo 7 Cerimônia do Dia da Vitória Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial Homenagem

Num histórico domingo do Rio de Janeiro, 1º de maio de 2005, procedeu-se ao resgaté de uma memorável página de nossa história comunitária que durante 60 anos, por incrível que pareça, passou em brancas nuvens. A participação de judeus brasileiros nas forças de terra, mar e ar, especialmente Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a II Guerra Mundial. Aconteceram duas emocionantes cerimônias em homenagem aos judeus brasileiros que participaram da II Guerra Mundial. De manhã no Monumento aos Pracinhas, e à noite no Grande Templo Israelita, que estava lotado. 2005 foi um ano jubilar para o mundo, marcando 60 anos do Dia V-E (Vitória Aliada na Europa). No Brasil, entre muitas solenidades em 1º de maio uma homenagem no Grande Templo Israelita do Rio de Janeiro recordou os Heróis Brasileiros Judeus da II Guerra Mundial. Foi uma concorrida cerimônia cívica em que a Comunidade judaica homenageou os brasileiros de todas as fés que tombaram no esforço de guerra contra o nazi-fascismo, realizada no domingo 1º de maio, às 10h da manhã, no Monumento aos Mortos da 2ª Guerra, no Atérro do Flamengo, coincidindo com a belíssima cerimônia da troca da guarda realizada no primeiro domingo de cada mês, quando no rodízio entre as Forças Singulares, uma tropa da Aeronáutica passou simbolicamente a Guarda ao Túmulo do Soldado Desconhecido para o Exército, que durante o mês de maio assume aquela honrosa missão. Durante a cerimônia a Banda Militar executou marchas alusivas e honras de estilo foram prestadas pela tropa diante do Túmulo do Soldado Desconhecido, tombado em todas as guerras, do qual D'us sabe o nome. O Pavilhão Nacional foi hasteado pelo Coronel de Artilharia Salli Szajnferber, Veterano da FEB condecorado com a Cruz de Combaté de 1ª Classe, seguindo-se o toque do silêncio pelo Cabo-corneteiro Demétrio, do 3º COMAR, toque do Shofar pelo Hazan Nelson Zeitune e o acendimento das velas de uma Menorá. Torpedeamento do Anibal Benevolo. Foi prestada uma tocante homenagem ao 2º Comissário Mauricio José Pinkusfeld, desaparecido aos 19 anos no torpedeamento do navio mercante Anibal Benevolo pelo submarino nazista U-507 ao largo de Sergipe, em 1942 e cujo nome encontra-se inscrito na lápide do subsolo do Monumento, que homenageia os cerca de 1.000 brasileiros, tripulantes e passageiros de navios mercantes, torpedeados por submarinos nazistas, e que tiveram o mar como túmulo, com a aposição de flores ao Túmulo do Soldado Desconhecido, sob uma chuva de pétalas de flores. Justa homenagem prestada pela coletividade israelita, que participou ombro a ombro com seus soldados, cabos, sargentos e oficiais das Marinha de Guerra e Mercante, Exército e Aeronáutica na luta sem trégua contra a barbárie nazista. É desnecessário dizer o que essa luta representou para os israelitas, e seu significado a todos os brasileiros judeus e não judeus que perderam suas vidas no front italiano e nos navios covardemente torpedeados em nosso litoral. Essa grande festa cívica foi parte integrante das comemorações do 60º aniversário da Vitória Aliada na Europa, ocorridas no Brasil e no Mundo.

Imaginário virtual Auschwitz Monumento dos Pracinhas Artista Plástica Marlene Rubinsztajn Blajberg O Quadro “Salve Nossos Heróis – Pracinhas do Brasil”

Como parte das comemorações dos 60 Anos do Dia da Vitória, a Diretoria de Assuntos Culturais do Exército promoveu Concurso de Pintura sobre temas alusivos a Força Expedicionária Brasileira. A Artista Plástica Marlene Rubinsztajn Blajberg concorreu com um quadro o qual foi selecionado para exposição, cujo embasamento incorporamos a esta obra, agradecendo a gentileza da autora. Salve Nossos Heróis – Pracinhas do Brasil - 60 anos do Dia da Vitória - 1945 - 8 de maio - 2005. A artista tira partido do imaginário virtual, conectando o portão do famigerado Campo de Concentração de Auschwitz na Polônia ocupada pelos nazistas, abrindo-se a uma imagem de libertação passada pela luta dos Pracinhas pela Democracia, simbolizada no belo Monumento Nacional dos Mortos da II Guerra Mundial, enaltecendo a contribuição da FEB e do Brasil, com luta e vidas, para a derrota da Alemanha Nazista e libertação dos inomináveis campos de extermínio. O distico “Arbeit Macht Frei” significa em alemão “O Trabalho Liberta”. Assim os nazistas iludiam os que iam morrer nas câmaras de gás, tendo seus corpos cremados em seguida depois de despojados de todos os pertences. Ainda hoje pode se ver no Museu estabelecido sobre as instalações de Auschwitz as salas que guardavam tais despojos. Cada sala abarrotada de um determinado item. Aproveitavam os dentes de ouro, os óculos, as pernas mecânicas, os cabelos, a pele para abajures e a gordura para sabão humano. Inconcebível, mas verdadeiro. Era como se fosse um matadouro. Só que, como no poema de Drummond, “... não eram bichos... ... eram homens ...”

Cerimônia dos 60 Anos do Dia da Vitória (Fotos de Jayme Finkel e do Autor)

60 Anos do Dia da Vitória - Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial - Homenagem da FIERJ e B'nai Brith no Túmulo do Soldado Desconhecido, em 1° De maio de 2005

Eng José Alberto Chahon, filho do Gen Chahon, Veterano David LAvinski, de Nova Lima – MG, Dra Vera Lucia Chahon, filha do Gen Chahon, o Autor e a esposa, Marlene Rubinsztajn Blajberg, Arquiteta e Artista Plástica.

Integrantes da Comissão: o Autor, Jayme Gersberg, Leila Velger, Fanny Lewin, Rosita Naidin, Eng Ruy Flaks Schneider, Presidente do Grande Templo Israelita, Anna Bentes Bloch.

Aspecto parcial do público presente no domingo 1° de maio de 2005 no MNM2GM.

Cabo Corneteiro Demétrio, do 3°. COMAR, e Dr Nelson Menda, da Comissão Organizadora.

O Autor e Dr Miguel Grinspan.

Acenderam as velas do candelabro ritual: Veterano David LAvinski, de Nova Lima – MG, Sr Aleksander Henryk Laks, Presidene da Associação dos Sobrevivents do Holocausto, Eng Samuel Benoliel, Presidente da B'nai Brith, Ministro Waldemar Zveiter, Ruy Flaks Schneider, Presidente do Grande Templo Israelita, Sr. Henri El Mann, Presidente da Sinagoga Beth El do CIB – Centro Israelita Brasileiro, e o Autor.

Veterano Melchisedec executa a continência durante o toque do Shofar.

Maj Galper e Cel Frazão executam a continência durante o toque do Shofar.

Dr Miguel Grinspan assina o Livro de Honra do Monumento.

Cantor litúrgico Nelson Zeitune, que pronunciou a oração e o toque da corneta ritual (Shofar) de chifre de carneiro, entre um membro da equiep de filamegem e o Cabo Demétrio.

Veterano Israel Rosenthal, Presidente do Conselho Fiscal da ANVFEB, entrevistado pela TV GLOBO.

Quadro da Artista Plástica Marlene Rubinsztajn Blajberg, tirando partido do virtual imaginário Auschwitz – Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Munidal, exposto no Concurso dos 6º Anos do Dia da Vitória, promovido pela Diretoria de Assuntos Culturais do Exército Brasileiro.

Veterano Melchisedec Affonso de Carvalho assina o Livro de Honra do Monumento.

Tenente R/2 de Artilharia Ney, da Associação dos Ex-Alunos do CPOR/RJ, – Profª Dorotea Lola Grossman Pinkusfeld, irmã do 2º Comissário Maurício José Pinkusfeld e neto, o Autor e Dr. Miguel Grinspan, Veterano do 1° Batalhão de Guardas.

Toque de Silêncio pelo Corneteiro do 3° COMAR. Coronel de Cavalaria José Roberto Marques Frazão (4°) e Dr. Miguel Grinspan (9°).

Integrantes da Comissão Organizadora junto a exposição do CVMARJ – Clube de Viaturas Militares Antigas do Rio de Janeiro: Jaime Gersberg, Fanny Lewin, Rosita Naidin, Eng Ruy Schneider, Anna Bentes Bloch, o Autor, Eng Samuel Benoliel, Sylvia Cohn GAlli, Leila Velger, Dr Jacob Guterman, Z”L.


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